sexta-feira, 17 de maio de 2013

Final da Liga Europa: Benfica – Chelsea, 1-2: Obrigado, querido Benfica!


Noite mágica em Amesterdão, ambiente arrepiante, duas grandes equipas a respeitarem-se, enorme espectáculo de Futebol e milhares, milhares de corações a bater. O Benfica foi muito, muito superior, superou um golo mal invalidado, uma injusta desvantagem, mas ao cair do pano, já em tempo de compensação, tal machada final, o Chelsea fez o 2-1… Injusto, tão injusto! Por tudo o que fizeste: Obrigado, meu querido Benfica!
Vinte e três anos depois o Sport Lisboa e Benfica regressou a uma Final europeia. Os protagonistas foram outros, a ambição a mesma de sempre. O caminho benfiquista rumo à Final foi praticamente imaculado: seis vitórias, um empate e uma derrota.
Tal como a equipa comandada por Jorge Jesus, o Chelsea começou o percurso europeu na Liga dos Campeões. Ao não passar a Fase de Grupos, a equipa londrina mudou o chip para a Liga Europa. O Sparta Praga, da República Checa, foi o primeiro adversário superado no trajecto para a Final, seguindo-se o Steaua Bucareste da Roménia, o Rubin Kazan da Rússia e o Basileia da Suíça. Em oito jogos, o conjunto orientado por Rafael Benítez venceu por cinco ocasiões, empatou um e perdeu dois. Nesta caminhada, destaque para as derrotas nos recintos do Steaua e do Rubin Kazan.
Caminho percorrido, ultrapassados vários obstáculos, Benfica e Chelsea encontraram-se oficialmente pela terceira vez na sua história. Na memória recente os jogos da época passada para os quartos-de-final da Liga dos Campeões. Depois de ter perdido na Luz por 0-1, o Benfica foi até Londres com a ambição de conseguir a reviravolta. Os deuses… e não só (!) não estiveram com a equipa. O resultado final foi favorável (2-1) para o Chelsea, que acabaria por conquistar o troféu. História contada… e havia contas para ajustar!
Domínio avassalador
19h45, hora portuguesa, e o árbitro holandês, Björn Kuipers, apitava para o início do encontro. Já ouviu falar dos famosos “quinze minutos à Benfica”? Pois bem… foram mais, muitos mais!
Logo aos 2´, Cardozo, de cabeça, tira as medidas à baliza defendida por Peter Cech e iniciar-se-ia aqui um verdadeiro recital de futebol atacante, futebol espectáculo. Primeiro aos 10’, depois aos 11’… esteve tão perto o golo inaugural, não fosse a ansiedade natural do momento e alguma cerimónia na hora de matar o lance, cerimónia essa grande culpada do não avolumar do marcador… mas já lá vamos!
 
Aos 14’, livre cobrado por Cardozo, lance estudado e nova excelente oportunidade de golo desperdiçada. O Benfica carregava, carregava, empurrado por uma ArenA de Amesterdão vestida de vermelho rubro, palpitante e saltitante… tais papoilas! Uma onda vermelha aglutinadora que vive, sente e respira Benfica!
O domínio “encarnado” era de tal forma avassalador que, imagine-se, só à passagem do minuto 24 é que Artur (seguro) foi chamado a intervir! E por falar em Artur, gigante defesa, aos 37’, a remate de Lampard.
E do Chelsea… foi apenas isto que se viu! É que do lado oposto, personalidade, raça, entrega, blocos cerrados, pressão altíssima mas sempre muito bem compensada… que enorme Benfica este que, diga-se sem facciosismos, merecia claramente a vantagem não fosse a malvada cerimónia.

Injusto! Injusto! Injusto!
Reinício e mais do mesmo! Entrada “à Benfica” com a baliza de Cech a sofrer enormes calafrios!

Aos 50’ Cardozo faz o 1-0, mas mal, muito mal, o árbitro a invalidar o lance ao assinalar um fora-de-jogo inexistente. Até na Europa… Injustiça atrás de injustiça, e sem nada o ter feito para o merecer, aos 60’, o Chelsea chega à vantagem num lance de futebol directo, com Torres a colocar o esférico no fundo das redes de Artur.

Jorge Jesus mexe de imediato na equipa e no lance seguinte grande penalidade (claríssima) com Cardozo, frio, a fazer o empate.
Aos 81’, grande lance… e aguenta coração! Cardozo rematou forte e em arco, já se gritava golo, mas Cech arranca uma defesa espectacular. Do outro lado, já ao cair do pano, foi a vez da barra devolver um remate, também ele espectacular, de Lampard.

Minutos finais do tempo regulamentar impróprios para cardíacos… e quando já nada o fazia prever, Ivanovic, na sequência da marcação de um canto, selou o resultado final em 2-1. Que injustiça!

O Sport Lisboa e Benfica alinhou com a seguinte equipa: Artur Moraes; André Almeida, Luisão, Garay (Jardel, 77’) e Melgarejo (Ola John, 62’); Matic, Enzo Perez, Salvio e Gaitán; Rodrigo (Lima, 62’) e Cardozo.

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